
Após três dias detida, a policial Midiã de Souza Conceição Miranda, 36 anos, deixou, às 10h30 desta terça-feira, 10, a cela do 12º Batalhão (Camaçari), onde esteve encarcerada desde a última sexta-feira. Emocionalmente abalada, a policial já apresentou seu pedido de transferência da 49ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM - São Cristóvão), onde é lotada, para a 52ª CIPM (Lauro de Freitas).
"Não tenho condições psicológicas de voltar, de olhar para meus colegas. Até porque sei que vão me pressionar e coagir", diz Midiã, que em 11 anos de corporação exibe com orgulho em sua ficha de assentamento (onde são feitas as anotações sobre o profissional) a designação de "excepcional comportamento", a mais elogiosa avaliação.
Amanhã, ela irá para Brasília, acompanhada de representantes da Associação de Profissionais de Polícia e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspol), para denunciar o caso à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Na sexta-feira, a policial se apresentou para o serviço com cerca de 20 minutos de atraso e seu superior, o tenente Carlos Eduardo de Jesus Nascimento, disse que ela teria que compensar o horário. Ela tentou argumentar que naquele dia teria duas provas na faculdade.
"Quando tentei dizer que não poderia, ele sequer ouviu meu argumento. Foi dizendo que eu iria dar um passeio na Corregedoria", relata Mídiã, que cursa o terceiro semestre de Direito. Na linguagem da corporação, ir para a Corregedoria significa ser presa. Ela, então, solicitou esclarecimento do por que de estar sendo encaminhada para o órgão. Após a interferência de colegas e superiores, a policial aceitou ir para a Corregedoria.
"Pedi apenas para ir no banheiro antes, mas ele estava impedindo. Minhas colegas tentaram convencê-lo. Por fim, pensei que ele tivesse liberado e quando estava de costas, fui surpreendida. Ele me pegou pela garganta e me deu uma rasteira. Cai estirada no chão e ele se jogou para me algemar, mas os colegas impediram", conta.
O tenente foi procurado pela reportagem para relatar a sua versão. Contudo, o capitão Marcelo Pita, da Comunicação da Polícia Militar, justificou que "diante das circunstâncias, decidimos que o tenente não deve falar".
Após liberada, Mídiã procurou atendimento médico devido a fortes dores de cabeça e, depois de conceder algumas entrevistas, foi ao encontro da filha, de sete anos, que ficou na casa de amigos durante esses dias e não soube que a mãe estava presa.
A policial é natural de Cruz das Almas, a 146 quilômetros de Salvador, onde por mais de nove anos serviu na 27ª CIPM. Há um ano e três meses, quando foi aprovada no curso de Direito em uma faculdade de Lauro de Freitas, pediu transferência para a capital.
"Não tenho condições psicológicas de voltar, de olhar para meus colegas. Até porque sei que vão me pressionar e coagir", diz Midiã, que em 11 anos de corporação exibe com orgulho em sua ficha de assentamento (onde são feitas as anotações sobre o profissional) a designação de "excepcional comportamento", a mais elogiosa avaliação.
Amanhã, ela irá para Brasília, acompanhada de representantes da Associação de Profissionais de Polícia e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspol), para denunciar o caso à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Na sexta-feira, a policial se apresentou para o serviço com cerca de 20 minutos de atraso e seu superior, o tenente Carlos Eduardo de Jesus Nascimento, disse que ela teria que compensar o horário. Ela tentou argumentar que naquele dia teria duas provas na faculdade.
"Quando tentei dizer que não poderia, ele sequer ouviu meu argumento. Foi dizendo que eu iria dar um passeio na Corregedoria", relata Mídiã, que cursa o terceiro semestre de Direito. Na linguagem da corporação, ir para a Corregedoria significa ser presa. Ela, então, solicitou esclarecimento do por que de estar sendo encaminhada para o órgão. Após a interferência de colegas e superiores, a policial aceitou ir para a Corregedoria.
"Pedi apenas para ir no banheiro antes, mas ele estava impedindo. Minhas colegas tentaram convencê-lo. Por fim, pensei que ele tivesse liberado e quando estava de costas, fui surpreendida. Ele me pegou pela garganta e me deu uma rasteira. Cai estirada no chão e ele se jogou para me algemar, mas os colegas impediram", conta.
O tenente foi procurado pela reportagem para relatar a sua versão. Contudo, o capitão Marcelo Pita, da Comunicação da Polícia Militar, justificou que "diante das circunstâncias, decidimos que o tenente não deve falar".
Após liberada, Mídiã procurou atendimento médico devido a fortes dores de cabeça e, depois de conceder algumas entrevistas, foi ao encontro da filha, de sete anos, que ficou na casa de amigos durante esses dias e não soube que a mãe estava presa.
A policial é natural de Cruz das Almas, a 146 quilômetros de Salvador, onde por mais de nove anos serviu na 27ª CIPM. Há um ano e três meses, quando foi aprovada no curso de Direito em uma faculdade de Lauro de Freitas, pediu transferência para a capital.
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